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Title: Efeito do intervalo de retenção no testemunho olfativo
Author: Pinto, Elisa Daniela Pacheco
Advisor: Soares, Sandra Cristina de Oliveira
Keywords: Psicologia forense
Olfacto
Odor
Defense Date: 2012
Publisher: Universidade de Aveiro
Abstract: É a partir dos diferentes sentidos que mantemos contacto com o que nos rodeia, recebendo uma multiplicidade de estímulos constantemente. O olfato em particular, ainda que subvalorizado, tem um papel importante aos mais diversos níveis, desde a perfumaria, marketing, área da alimentação, entre outros. Em contexto forense, mais especificamente na identificação de suspeitos, este sentido não é ainda utilizado por humanos, sendo a sua utilização exclusivamente da responsabilidade de cães. A intrínseca relação entre o processamento olfativo e as emoções, confere uma particular resistência à memória de odores relativamente à passagem do tempo. Assim, aliada à necessidade de um maior investimento do uso de odores corporais na identificação de suspeitos em investigação criminal, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto do intervalo de retenção (IR) – tempo decorrido entre a exposição a um estímulo até à altura do seu reconhecimento/identificação – na memória de odores em contexto forense. Aos participantes, que foram divididos em duas condições, uma com um IR curto, de 15 minutos – IRC – e outra com um IR longo (IRL) - de uma semana –, foi apresentado um de dois filmes de crime, em simultâneo com a exposição a um odor, tendo os participantes sido informados tratar-se do odor corporal do perpetrador da cena de crime apresentada. Posteriormente, foi-lhes pedido que identificassem, a partir de um alinhamento de 5 odores, o odor a que tinha sido previamente expostos. Dada a resistência da memória de odores apontada pela literatura, era de esperar que com o aumento do IR o desempenho dos participantes não fosse deteriorado. Contudo, os resultados principais não confirmaram a hipótese proposta, uma vez que para a condição IRL o número de acertos foi significativamente menor (25%) que para a condição IRC (55%). Apesar dos nossos resultados parecerem contrariar a literatura existente no âmbito da memória de odores, estes são consistentes com a literatura referente ao testemunho ocular. Fica assim em aberto a necessidade de novas investigações que avaliem a utilidade do testemunho olfativo, sobretudo enquanto complemento ao testemunho ocular.
Through the use of the different senses it is possible to keep contact with the environment around us, thus experiencing a multiplicity of stimuli. Despite of commonly being overestimated, the smell, in particular, plays an important role at several levels, i.e., perfumery, restoration, marketing, etc. In the forensic context has been used mostly on the identification of suspects. However, humans have not been an active intervenient on this task, leaving this mainly, to specialized dogs. The intrinsic relation between the olfactory processing and emotions confers a particular resistance to the odors memory with respect to time. Thus, coupled with the need for greater investment in the use of body odors at identifying suspects in criminal investigation, became this study main aim to evaluate the impact of retention interval (RI) – time interval within the exposition to the stimulus and the identification of the same – in the odors memory, forensic speaking. The participants were subdivided into two groups under different retention interval conditions and exposed to two crime movies; one group was assigned with a short retention interval (IRC) of 15 minutes, while the other was assigned with a longest retention interval (IRL) of one week. Simultaneously, they were exposed to an odor, previously informed that belonged to the perpetrator of the crime of the selected movie. Posteriorly, was asked if, within a five odors, they could identify the odor initially exhibited. Due to the odors memory resistance as it is described by the literature it was expected that with the increase of RI, the participants’ performance would not deteriorate itself. However, the obtained results did not confirm the previously hypothesis, once the number of hits of the participants of IRL condition was significantly less (25%) than the participants who were under the IRC condition (55%). Despite the results seems to contradict the existing literature within the odors memory they are consistent with the literature on eyewitness testimony. Thus, demands the urgency of further research to assess the usefulness of olfactory testimony as a complement to the eyewitness testimony. The integration of different sensory modalities in recognizing potential suspects could pose greater reliability to the testimony.
Description: Mestrado em Psicologia Forense
URI: http://hdl.handle.net/10773/10033
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
DEP - Dissertações de mestrado

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