Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/18434
Title: Capacidade para o trabalho: apreciação dos riscos psicossociais na indústria
Other Titles: Work ability: industrial psychosocial risks assessment
Author: Fernandes, Cláudia Joana da Silva
Advisor: Pereira, Anabela Sousa
Silva, Carlos Fernandes da
Keywords: Psicologia do trabalho
Saúde ocupaciona
lMotivação dos trabalhadores
Condições de trabalho
Indústria - Segurança
Defense Date: 28-Sep-2016
Publisher: Universidade de Aveiro
Abstract: A exposição a riscos psicossociais em contextos de trabalho tem vindo a ser reconhecida como um dos grandes desafios para a promoção da saúde e segurança ocupacional (SSO) e um dos grandes pilares da gestão do aumento da longevidade laboral dos trabalhadores. Este trabalho pretende estudar e analisar de que forma a exposição a fatores de risco psicossocial tem influência na capacidade para o trabalho (CT) de trabalhadores da indústria, nomeadamente em pequenas e medias empresas (PME’s) do setor industrial. Foi traçado um plano de estudos compreendido em três fases: I) revisão da literatura e estado da arte, II) Investigação aplicada à indústria, e III) Implicações para a prática em contexto industrial. A revisão da literatura e estado da arte, referente aos fatores de risco psicossocial, foi baseada na metodologia e critérios PRISMA. Foram analisados 22 artigos, abrangendo um total de 51.894 indivíduos. Os estudos englobados na segunda fase e terceira fases do presente plano de estudo foram baseados numa amostra de 4.162 trabalhadores (46,3%; idade média 38,12; DP 9,79♀; 53,7%; idade média 40,49; DP 9,53 ♂ ), sendo que destes 621 trabalhadores pertencem à indústria (37,8%♀; 61,2%♂; idade média 39,4; DP 9,72). Para aferição dos fatores de risco psicossocial foi utilizada a versão Portuguesa validada do Copenhagen Psychosocial Questionnaire II (COPSOQ II) e para medir a CT a versão validada para Portugal e Países Africanos de língua oficial Portuguesa do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Foram ainda utilizados os dados da implementação de 21 sistemas de SSO e de 37 processos de auditoria a sistemas de SSO de PME’s Portuguesas do setor industrial. Como principais resultados destacamos: 1) A indústria como sendo um dos públicos menos estudados na literatura; 2) A existência de interação entre os fatores individuais, os fatores relacionados com o trabalho e os fatores de risco psicossocial; 3) A exposição a ambientes psicossociais pobres denotando influências negativas a vários níveis, desde a saúde física e mental dos trabalhadores ao ambiente de trabalho e aos momentos de lazer e descanso; 4) A exposição a ambientes psicossociais positivos tem influência positiva na saúde física e mental dos trabalhadores; 5) Apesar de genericamente a CT diminuir com a idade são denotados intervalos etários de vulnerabilidade; 6) A indústria tem especificidades próprias, nomeadamente no respeitante à prevalência de doenças ou perturbações – e.g. lesões musculosqueléticas e perturbação mental ligeira; 7) O aumento da longevidade laboral é acompanhado de um aumento da prevalência de doenças crónicas; 8) A indústria apresenta padrões específicos no respeitante aos determinantes psicossociais da capacidade para o trabalho; 9) A implementação de sistemas de gestão da SSO eleva os padrões inerentes à prática industrial e ao cumprimento legal; 10) A indústria, nomeadamente as PME’s, necessitam de estratégias individualizadas e de acordo com o ecossistema no qual se inserem. São referidas implicações e pistas para reflexão das temáticas abordadas enquadradas nos desafios societais que enfrentamos, nomeadamente a componente de intervenção em posto de trabalho. É consubstanciada a necessidade de investigações mais robustas, nomeadamente tendo como alvo as PME’s de cariz industrial, um público de elevada relevância para o desenvolvimento económico sustentado dos países e regiões e com contributo importante para o bem-estar e saúde dos trabalhadores e das populações.
Psychosocial exposure in working contexts has been recognized as a major challenge in the promotion of occupational health and safety (OH&S) and one keystone for the management of an aging workforce. Therefore, the present work aims to study and analyse the way in which the exposure to psychosocial risk factors has influence on the work ability (WA) of industry workers, namely in small and medium sized enterprises (SMEs) from the industrial sector. For attaining this objective it was designed a study plan in three phases: I) Literature review and stat-of-the-art; II) Industry based research; III) Practical implications for industrial settings. The literature review concerning psychosocial risk factors was based on the PRISMA methodology and evaluation criterions. It were analysed 22 scientific articles covering 51.894 subjects. The studies on the second and third phases were grounded on a sample of 4.162 workers (46,3%; mean age 38,12; SD 9,79♀; 53,7%; mean age 40,49; SD 9,53 ♂ ), from of which 621 are industry workers (37,8%♀; 61,2 ♂; mean age 39,4; SD 9,72). For measuring the psychosocial risk factors it was used the Portuguese version of the Copenhagen Psychosocial Questionnaire II (COPSOQ II), and for assessing WA the Portuguese version of the Work Ability Index (WAI). The analyses was complemented with data from the implementation of 21 OH&S management systems in metalworking Portuguese SMEs, and 37 auditing processes to metalworking Portuguese SMEs that had OH&S management systems implemented. The main results from this work are: 1) There is a lack of scientific research with workers from the industry; 2) There is an interaction between individual factors, work related factors and psychosocial risk factors; 3) Poor psychosocial environments have negative influences at several levels, from workers physical and mental health to work environment and times for rest and leisure; 4) On the other hand, exposure to positive psychosocial environments has positive influence on workers physical and mental health; 5) Generally WA decreases with age, although it were found vulnerability age bands; 6) Industry has its own specificities, namely concerning diseases and disorders – e.g. musculoskeletal disorders and slight mental disorders; 7) Work longevity increase is accompanied with the increased prevalence of chronical diseases; 8) Industry has an unique standard of psychosocial determinants of WA; 9) OH&S systems implementation brings SMEs compliance standards forward; 10) Industry, namely SMEs, need individualized strategies according to the ecosystem in which they are placed. The present work, its results and conclusions point some hints for reflection and open new paths within the addressed issues has a thematic bounded on the societal challenges that we are facing, namely the practical implications for working sets. Although it also supports the need of stronger investigation designs, namely with industrial SMEs. This target group is highly relevant for sustainable economic development of countries and regions, being an important asset for workers’ and population health and well-being.
Description: Doutoramento em Psicologia
URI: http://hdl.handle.net/10773/18434
Appears in Collections:UA - Teses de doutoramento
DEP - Teses de doutoramento

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
tese_claudiafernandes_20160719.pdf3.15 MBAdobe PDFView/Open


FacebookTwitterLinkedIn
Formato BibTex MendeleyEndnote Degois 

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.