Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/13611
Title: Biology, ecology, population dynamics and distribution of metals in Sepia officinalis on a typical estuarine coastal lagoon - Ria de Aveiro
Other Titles: Biologia, ecologia, dinâmica populacional e distribuição de metais na Sepia officinalis numa típica laguna costeira estuarina - Ria de Aveiro
Author: Dias, Cláudia Pessoa
Advisor: Nogueira, António José Arsénia
Andrade, José Pedro
Keywords: Biologia
Metais vestigiais - Ria de Aveiro (Portugal)
Cefalópodes
Bioacumulação
Sepia officinalis
Defense Date: 2014
Publisher: Universidade de Aveiro
Abstract: The common cuttlefish, Sepia officinalis, is a necto-benthic cephalopod that can live in coastal ecosystems, with high influence of anthropogenic pressures and thus be vulnerable to exposure to various types of contaminants. The cuttlefish is a species of great importance to the local economy of Aveiro, considering the global data of catches of this species in the Ria de Aveiro. However, studies on this species in Ria de Aveiro are scarce, so the present study aims to fill this information gap about the cuttlefish in the Ria de Aveiro. The cuttlefish enters Ria de Aveiro in the spring and summer to reproduce, returning to deeper waters in the winter. In terms of abundance, the eastern and center regions of the lagoon, closer to the sea, showed the highest values of abundance, while the northern and southern regions of the main channel had the lowest abundance. This fact may be related to abiotic factors, as well as depth, salinity and temperature. In the most southern point of the Ria de Aveiro (Areão) no cuttlefish was caught. This site had the lowest values of salinity and depth. The cuttlefish has an allometric the females being heavier than males to mantle lengths greater than 82.4 mm. Males reach sexual maturity first than females. In Ria de Aveiro in a generation of parents was found. The cuttlefish, presents itself as opportunistic predators, consuming a wide variety of prey from different taxa. The diet was similar in different sampling locations observing significant differences for the seasons. S. officinalis was captured at 10 sites in the Ria de Aveiro with different anthropogenic sources of contamination. Thus, levels of metals analyzed were similar at all sampling sites, with the exception of a restricted area, Laranjo, which showed higher values. The cuttlefish has the ability to accumulate metals in your body. The levels of Fe, Zn, Cu, Cd, Pb and Hg found in the digestive gland and mantle reflect a differential accumulation of metals in the tissues. This accumulation is related to the type and function of tissue analyzed and the type of metal analysis (essential and non-essential). The metal concentrations in the digestive gland are higher than in the mantle, with the exception of mercury. This may be due to the high affinity of the mantle for the incorporation of methylmercury (MeHg), the most abundant form of mercury. The accumulation of metals can vary over a lifetime, depending on the metal. The concentrations of Zn, Cd and Hg increases throughout life, while Pb decreases and essential metals such as Fe and Cu remain constant. The data collected suggest that the cuttlefish (Sepia officinalis) can be used as a bioindicator of environmental contamination for some metals.
O choco comum, Sepia officinalis, é um cefalópode necto-bentónico que pode viver em ecossistemas de águas costeiras, com elevada influência de pressões antropogénicas e assim, estar vulnerável à exposição por vários contaminantes. O choco é uma espécie de grande importância para a economia local de Aveiro, considerando os dados globais de capturas desta espécie para a Ria de Aveiro. No entanto, os estudos acerca desta espécie na Ria de Aveiro são escassos, desta forma o presente estudo pretende preencher esta lacuna de informação sobre o choco na Ria de Aveiro. O choco entra para a Ria na primavera e no verão para reprodução, e volta para águas mais profundas no inverno. Em termos de abundância, as zonas, este e central da ria, a mais próxima da embocadura com o mar, apresentaram os valores de abundância mais elevados, sendo as regiões mais a norte e a sul dos principais canais, as de abundância mais baixa. Este fato pode estar relacionado com fatores abióticos, como a profundidade, a salinidade e a temperatura. No ponto mais a sul da Ria de Aveiro (Areão) nunca foram capturados chocos, tendo este local apresentado os valores mais baixos de salinidade e profundidade. O choco apresenta um crescimento alométrico, sendo as fêmeas mais pesadas que os machos, para comprimentos do manto superiores a 82.4 mm. Os machos atingem a maturação sexual primeiro que as fêmeas. Na Ria de Aveiro apenas uma geração de progenitores foi encontrada. O choco apresenta-se como predador oportunista, consumindo uma grande diversidade de presas de diferentes grupos taxonómicos. A dieta mostrou-se semelhante nos diferentes locais de amostragem observando-se diferenças significativas para as estações do ano. S. officinalis foi capturada em 10 locais da Ria de Aveiro com contaminação de diferentes origens antropogénicas. Assim, os níveis de metais analisados apresentaram-se semelhantes em todos os locais de amostragem, com a exceção de uma área restricta, o largo do Laranjo, que apresentou valores mais elevados. O choco possui a capacidade de acumular metais no seu organismo. Os níveis de Fe, Zn, Cu, Cd, Pb and Hg encontrados no manto e na glândula digestiva refletem uma acumulação diferencial de metais nos tecidos. Esta acumulação está relacionada com o tipo e função do tecido analisado e com o tipo de metal analisado (essencial e não essencial). As concentrações dos metais na glândula digestiva são mais elevadas que no manto, com exceção do mercúrio. Este fato pode dever-se à grande afinidade do manto para a incorporação de Metilmercúrio (MeHg), a mais abundante forma de mercúrio. A acumulação de metais pode variar ao longo da vida, dependendo do metal. As concentrações de Zn, Cd and Hg aumentam ao longo da vida, o Pb diminui e os metais essenciais como o Fe e Cu permanecem constantes. Os dados recolhidos sugerem que o choco (Sepia officinalis) possa ser usado como bioindicador de contaminação ambiental para alguns metais.
Description: Doutoramento em Biologia
URI: http://hdl.handle.net/10773/13611
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